terça-feira, 13 de maio de 2008

Devo muito ao trem.

Em 2006 iniciei uma pesquisa para disciplina de desenho.
O Augusto Sampaio ( http://www.augustosampaio.com.br/) grande artista visual, no qual tenho muita admiração pelo seu trabalho e a seriedade que trata o ensino da arte,fez a proposta para que nessa pesquisa deveriamos exploraro registro gráfico, os instrumentos e os suportes, tendo sempre um mesmo assunto como pretexto para o trabalho. Ampliando assim o pensamento artistico, e acima de tudo o desenho.
Desenvolvi uma serie de desenho em diferentes papéis, tinha ganhado um mostruario de papéis e usei como suporte para minha pesquisa.
Por falta de tempo, escolhi como assunto o trem, como ando diariamentenesse transporte, desenvolvi todos os desenhos dentro dele, quando nãoanotava o movimento e as linhas principais e acabava de construir em casa.
Foram feitos 90 desenhos que logo depois pude expor no Museu de Artede Santo André. Minha primeira exposição. Devo muito ao trem.
O aprendizado com esse "exercicío" foi imenso, meu pensamento com em relação ao desenho mudou completamente. Devo muito ao trem e a esse universo fantastico que ele carrega.
Hoje depois de mais o menos um ano, vou começar a imprimir uma serie de gravura em metal (em água-forte), que faz parte de projeto. onde começo a desenvolver a gravação na placa de cobre dentro do trem, faço a impressão e depois finalizo o desenho de memória e imprimo uma nova série.
Devo muito ao trem.
Além desse projeto de gravura estou desenvolvendo também uma obra para minha exposição em Junho (em breve cito mais detalhes) que são retratos das pessoas do trem que também desenvolvo dentro do vagão, e depois refaço elas dentro de caixotes de feira, criando uma relação entre o trem que transporta e o caixote que também transporta, porém "coisas" diferentes.
Ainda não sei o que me instiga tanto nesse ambiente, será as pessoas, será o trem, será o quê?
Mas é isso que procuro e exploro nesse novos e velhos trabalhos. Respostas viram.
A imagem acima, e um estudo para a gravura em metal, que foi feito antes de decidir em gravar as placas dentro do trem. Caneta nanquim sobre papel.
Ainda devo muito ao trem e tenho muito o que falar dele, por enquanto, só mais um pensamento.


Abraços
Marcio Moreno

Um comentário:

Anônimo disse...

Eai marcio!
tambem devo muito a eles...rs
abraço é nois...
Carlos M